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Exercícios de Português II

Leia o texto para responder às questões de números 01 a 10

Diploma e monopólio

Faz quase dois séculos que foram fundadas escolas de direito e medicina no Brasil. É embaraçoso verificar que ainda não foram resolvidos os enguiços entre diplomas e carreiras. Falta-nos descobrir que a concorrência (sob um bom marco regulatório) promove o interesse da sociedade e que o monopólio só é bom para quem o detém. Não fora essa ignorância, como explicar a avalanche de leis que protegem monopólios espúrios para o exercício profissional?

Desde a criação dos primeiros cursos de direito, os graduados apenas ocasionalmente exercem a profissão. Em sua maioria, sempre ocuparam postos de destaque na política e no mundo dos negócios. Nos dias de hoje, nem 20% advogam.

Mas continua havendo boas razões para estudar direito, pois esse é um curso no qual se exercita lógica rigorosa, se lê e se escreve bastante. Torna os graduados mais cultos e socialmente mais produtivos do que se não houvessem feito o curso. Se aprendem pouco, paciência, a culpa é mais da fragilidade do ensino básico do que das faculdades. Diante dessa polivalência do curso de direito, os exames da OAB são uma solução brilhante. Aqueles que defenderão clientes nos tribunais devem demonstrar nessa prova um mínimo de conhecimento. Mas, como os cursos são também úteis para quem não fez o exame da Ordem ou não foi bem sucedido na prova, abrir ou fechar cursos de “formação geral” é assunto do MEC, não da OAB. A interferência das corporações não passa de uma prática monopolista e ilegal em outros ramos da economia. Questionamos também se uma corporação profissional deve ter carta-branca para determinar a dificuldade das provas, pois essa é também uma forma de limitar a concorrência – mas trata-se aí de uma questão secundária. (...)
(Veja, 07.03.2007. Adaptado)


01) Assinale a alternativa que reescreve, com correção gramatical, as frases: Faz quase dois séculos que foram fundadas escolas de direito e medicina no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não foram resolvidos os enguiços entre diplomas e carreiras.

(A) Faz quase dois séculos que se fundou escolas de direito e medicina no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolveu os enguiços entre diplomas e carreiras.

(B) Faz quase dois séculos que se fundava escolas de direito e medicina no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolveram os enguiços entre diplomas e carreiras.

(C) Faz quase dois séculos que se fundaria escolas de direito e medicina no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolveu os enguiços entre diplomas e carreiras.

(D) Faz quase dois séculos que se fundara escolas de direito e medicina no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolvera os enguiços entre diplomas e carreiras.

(E) Faz quase dois séculos que se fundaram escolas de direito e medicina no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolveram os enguiços entre diplomas e carreiras.


02) Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, de acordo com a norma culta, as frases: O monopólio só é bom para aqueles que ____________. / Nos dias de hoje, nem 20% advogam, e apenas 1% ____________. / Em sua maioria, os advogados sempre ____________.

(A) o retêem / obtem sucesso / se apropriaram os postos de destaque na política e no mundo dos negócios
(B) o retém / obtém sucesso / se apropriaram aos postos de destaque na política e no mundo dos negócios
(C) o retém / obtêem sucesso / se apropriaram os postos de destaque na política e no mundo dos negócios
(D) o retêm / obtém sucesso / sempre se apropriaram de postos de destaque na política e no mundo dos negócios
(E) o retem / obtêem sucesso / se apropriaram de postos de destaque na política e no mundo dos negócios


03) Assinale a alternativa em que se repete o tipo de oração introduzida pela conjunção se, empregado na frase – Questionamos também se uma corporação profissional deve ter carta-branca para determinar a dificuldade das provas, ...

(A) A sociedade não chega a saber se os advogados são muito corporativos.
(B) Se os advogados aprendem pouco, a culpa é da fragilidade do ensino básico.
(C) O advogado afirma que se trata de uma questão secundária.
(D) É um curso no qual se exercita lógica rigorosa.
(E) No curso de direito, lê-se bastante.


04) Assinale a alternativa em que se admite a concordância verbal tanto no singular como no plural como em:

A maioria dos advogados ocupam postos de destaque na política e no mundo dos negócios.

(A) Como o direito, a medicina é uma carreira estritamente profissional.
(B) Os Estados Unidos e a Alemanha não oferecem cursos de administração em nível de bacharelado.
(C) Metade dos cursos superiores carecem de boa qualificação.
(D) As melhores universidades do país abastecem o mercado de trabalho com bons profissionais.
(E) A abertura de novos cursos tem de ser controlada por órgãos oficiais.


05) Assinale a alternativa que apresenta correta correlação de tempo verbal entre as orações.

(A) Se os advogados demonstrarem um mínimo de conhecimento, poderiam defender bem seus clientes.
(B) Embora tivessem cursado uma faculdade, não se desenvolveram intelectualmente.
(C) É possível que os novos cursos passam a ter fiscalização mais severa.
(D) Se não fosse tanto desconhecimento, o desempenho poderá ser melhor.
(E) Seria desejável que os enguiços entre diplomas e carreiras se resolvem brevemente.


06) A substituição das expressões em destaque por um pronome pessoal está correta, nas duas frases, de acordo com a norma culta, em:

(A) I. A concorrência promove o interesse da sociedade. / A concorrência promove-o. II. Aqueles que defenderão clientes. / Aqueles que lhes defenderão.
(B) I. O governo fundou escolas de direito e de medicina. / O governo fundou elas. II. Os graduados apenas ocasionalmente
exercem a profissão. / Os graduados apenas ocasionalmente exercem-la.
(C) I. Torna os graduados mais cultos. / Torna-os mais cultos. II. É preciso mencionar os cursos de administração. / É preciso mencionar-lhes.
(D) I. Os advogados devem demonstrar muitos conhecimentos. Os advogados devem demonstrá-los. II. As associações mostram à sociedade o seu papel. / As associações mostram-lhe o seu papel.
(E) I. As leis protegem os monopólios espúrios. / As leis protegem-os. II. As corporações deviam fiscalizar a prática profissional. / As corporações deviam fiscalizá-la.


07) Assinale a alternativa em que as palavras em destaque exercem, respectivamente, a mesma função sintática das expressões assinaladas em: Os graduados apenas ocasionalmente exercem a profissão.

(A) Se aprendem pouco, a culpa é da fragilidade do ensino básico.
(B) A interferência das corporações não passa de uma prática monopolista.
(C) Abrir e fechar cursos de “formação geral” é assunto do MEC.
(D) O estudante de direito exercita preferencialmente uma lógica rigorosa.
(E) Boas razões existirão sempre para o advogado buscar conhecimento.


08) Assinale a alternativa que reescreve a frase de acordo com a norma culta.

(A) Os graduados apenas ocasionalmente exercem a profissão. / Os graduados apenas ocasionalmente se dedicam a profissão.
(B) Os advogados devem demonstrar nessa prova um mínimo de conhecimento. / Os advogados devem primar nessa prova por um mínimo de conhecimento.
(C) Ele não fez o exame da OAB. / Ele não procedeu o exame da OAB.
(D) As corporações deviam promover o interesse da sociedade. / As corporações deviam almejar do interesse da sociedade.
(E) Essa é uma forma de limitar a concorrência. / Essa é uma forma de restringir à concorrência.


09) Assinale a alternativa em que o período formado com as frases I, II e III estabelece as relações de condição entre I e II e de adição entre I e III.

I. O advogado é aprovado na OAB.
II. O advogado raciocina com lógica.
III. O advogado defende o cliente no tribunal.

(A) Se o advogado raciocinar com lógica, ele será aprovado na OAB e defenderá o cliente no tribunal com sucesso.
(B) O advogado defenderá o cliente no tribunal com sucesso, mas terá de raciocinar com lógica e ser aprovado na OAB.
(C) Como raciocinou com lógica, o advogado será aprovado na OAB e defenderá o cliente no tribunal com sucesso.
(D) O advogado defenderá o cliente no tribunal com sucesso porque raciocinou com lógica e foi aprovado na OAB.
(E) Uma vez que o advogado raciocinou com lógica e foi aprovado na OAB, ele poderá defender o cliente no tribunal com sucesso.


10) Na frase – Se aprendem pouco, paciência, a culpa é mais da fragilidade do ensino básico do que das faculdades. – a palavra paciência vem entre vírgulas para, no contexto,

(A) garantir a atenção do leitor.
(B) separar o sujeito do predicado.
(C) intercalar uma reflexão do autor.
(D) corrigir uma afirmação indevida.
(E) retificar a ordem dos termos.


Atenção: As questões de números 11 a 18 referem-se ao texto abaixo.

Sobre Ética

A palavra Ética é empregada nos meios acadêmicos em três acepções. Numa, faz-se referência a teorias que têm como objeto de estudo o comportamento moral, ou seja, como entende Adolfo Sanchez Vasquez, “a teoria que pretende explicar a natureza, fundamentos e condições da moral, relacionando-a com necessidades sociais humanas.” Teríamos, assim, nessa acepção, o entendimento de que o fenômeno moral pode ser estudado racional e cientificamente por uma disciplina que se propõe a descrever as normas morais ou mesmo, com o auxílio de outras ciências, ser capaz de explicar valorações comportamentais.

Um segundo emprego dessa palavra é considerá-la uma categoria filosófica e mesmo parte da Filosofia, da qual se constituiria em núcleo especulativo e reflexivo sobre a complexa fenomenologia da moral na convivência humana. A Ética, como parte da Filosofia, teria por objeto refletir sobre os fundamentos da moral na busca de explicação dos fatos morais.
Numa terceira acepção, a Ética já não é entendida como objeto descritível de uma Ciência, tampouco como fenômeno especulativo. Trata-se agora da conduta esperada pela aplicação de regras morais no comportamento social, o que se pode resumir como qualificação do comportamento do homem como ser em situação. É esse caráter normativo de Ética que a colocará em íntima conexão com o Direito. Nesta visão, os valores morais dariam o balizamento do agir e a Ética seria assim a moral em realização, pelo reconhecimento do outro como ser de direito, especialmente de dignidade. Como se vê, a compreensão do fenômeno Ética não mais surgiria metodologicamente dos resultados de uma descrição ou reflexão, mas sim, objetivamente, de um agir, de um comportamento consequencial, capaz de tornar possível e correta a convivência. (Adaptado do site Doutrina Jus Navigandi)

11) As diferentes acepções de Ética devem-se, conforme se depreende da leitura do texto,

(A) aos usos informais que o senso comum faz desse termo.
(B) às considerações sobre a etimologia dessa palavra.
(C) aos métodos com que as ciências sociais a analisam.
(D) às íntimas conexões que ela mantém com o Direito.
(E) às perspectivas em que é considerada pelos acadêmicos.


12) A concepção de ética atribuída a Adolfo Sanchez Vasquez é retomada na seguinte expressão do texto:

(A) núcleo especulativo e reflexivo.
(B) objeto descritível de uma Ciência.
(C) explicação dos fatos morais.
(D) parte da Filosofia.
(E) comportamento consequencial


13) No texto, a terceira acepção da palavra ética deve ser entendida como aquela em que se considera, sobretudo,

(A) o valor desejável da ação humana.
(B) o fundamento filosófico da moral.
(C) o rigor do método de análise.
(D) a lucidez de quem investiga o fato moral.
(E) o rigoroso legado da jurisprudência.


14) Dá-se uma íntima conexão entre a Ética e o Direito quando ambos revelam, em relação aos valores morais da conduta, uma preocupação

(A) filosófica.
(B) descritiva.
(C) prescritiva.
(D) contestatária.
(E) tradicionalista.


15) Considerando-se o contexto do último parágrafo, o elemento sublinhado pode ser corretamente substituído pelo que está entre parênteses, sem prejuízo para o sentido, no seguinte caso:

(A) (...) a colocará em íntima conexão com o Direito. (inclusão)
(B) (...) os valores morais dariam o balizamento do agir (...) (arremate)
(C) (...) qualificação do comportamento do homem como ser em situação. (provisório)
(D) (...) nem tampouco como fenômeno especulativo. (nem, ainda)
(E) (...) de um agir, de um comportamento consequencial... (concessivo)

16) As normas de concordância estão plenamente observadas na frase:

(A) Costumam-se especular, nos meios acadêmicos, em torno de três acepções de Ética.
(B) As referências que se faz à natureza da ética consideram-na, com muita frequência, associada aos valores morais.
(C) Não coubessem aos juristas aproximar-se da ética, as leis deixariam de ter a dignidade humana como balizamento.
(D) Não derivam das teorias, mas das práticas humanas, o efetivo valor de que se impregna a conduta dos indivíduos.
(E) Convém aos filósofos e juristas, quaisquer que sejam as circunstâncias, atentar para a observância dos valores éticos.


17) Está clara, correta e coerente a redação do seguinte comentário sobre o texto:

(A) Dentre as três acepções de Ética que se menciona no texto, uma apenas diz respeito à uma área em que conflui com o Direito.
(B) O balizamento da conduta humana é uma atividade em que, cada um em seu campo, se empenham o jurista e o filósofo.
(C) Costuma ocorrer muitas vezes não ser fácil distinguir Ética ou Moral, haja vista que tanto uma quanto outra pretendem ajuizar à situação do homem.
(D) Ainda que se torne por consenso um valor do comportamento humano, a Ética varia conforme a perspectiva de atribuição do mesmo.
(E) Os saberes humanos aplicados, do conhecimento da Ética, costumam apresentar divergências de enfoques, em que pese a metodologia usada.


18) Transpondo-se para a voz passiva a frase Nesta visão, os valores morais dariam o balizamento do agir, a forma verbal resultante deverá ser:

(A) seria dado.
(B) teriam dado.
(C) seriam dados.
(D) teriam sido dados.
(E) fora dado.


Atenção: As questões de números 19 a 24 referem-se ao texto abaixo.

O homem moral e o moralizador

Depois de um bom século de psicologia e psiquiatria dinâmicas, estamos certos disto: o moralizador e o homem moral são figuras diferentes, se não opostas. O homem moral se impõe padrões de conduta e tenta respeitá-los; o moralizador quer impor ferozmente aos outros os padrões que ele não consegue respeitar.
A distinção entre ambos tem alguns corolários relevantes.
Primeiro, o moralizador é um homem moral falido: se soubesse respeitar o padrão moral que ele impõe, ele não precisaria punir suas imperfeições nos outros. Segundo, é possível e compreensível que um homem moral tenha um espírito missionário: ele pode agir para levar os outros a adotar um padrão parecido com o seu. Mas a imposição forçada de um padrão moral não é nunca o ato de um homem moral, é sempre o ato de um moralizador. Em geral, as sociedades em que as normas morais ganham força de lei (os Estados confessionais, por exemplo) não são regradas por uma moral comum, nem pelas aspirações de poucos e escolhidos homens exemplares,mas por moralizadores que tentam remir suas próprias falhas morais pela brutalidade do controle que eles exercem sobre os outros. A pior barbárie do mundo é isto: um mundo em que todos pagam pelos pecados de hipócritas que não se aguentam. (Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo, 20/03/2008)


19) Atente para as afirmações abaixo.

I. Diferentemente do homem moral, o homem moralizador não se preocupa com os padrões morais de conduta.
II. Pelo fato de impor a si mesmo um rígido padrão de conduta, o homem moral acaba por impô-lo à conduta alheia.
III. O moralizador, hipocritamente, age como se de fato respeitasse os padrões de conduta que ele cobra dos outros.

Em relação ao texto, é correto o que se afirma APENAS em

(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.


20) No contexto do primeiro parágrafo, a afirmação de que já decorreu um bom século de psicologia e psiquiatria dinâmicas indica um fator determinante para que

(A) concluamos que o homem moderno já não dispõe de rigorosos padrões morais para avaliar sua conduta.
(B) consideremos cada vez mais difícil a discriminação entre o homem moral e o homem moralizador.
(C) reconheçamos como bastante remota a possibilidade de se caracterizar um homem moralizador.
(D) identifiquemos divergências profundas entre o comportamento de um homem moral e o de um moralizador.
(E) divisemos as contradições internas que costumam ocorrer nas atitudes tomadas pelo homem moral.


21) O autor do texto refere-se aos Estados confessionais para exemplificar uma sociedade na qual

(A) normas morais não têm qualquer peso na conduta dos cidadãos.
(B) hipócritas exercem rigoroso controle sobre a conduta de todos.
(C) a fé religiosa é decisiva para o respeito aos valores de uma moral comum.
(D) a situação de barbárie impede a formulação de qualquer regra moral.
(E) eventuais falhas de conduta são atribuídas à fraqueza das leis.


22) Na frase A distinção entre ambos tem alguns corolários relevantes, o sentido da expressão sublinhada está corretamente traduzido em:

(A) significativos desdobramentos dela.
(B) determinados antecedentes dela.
(C) reconhecidos fatores que a causam.
(D) consequentes aspectos que a relativizam.
(E) valores comuns que ela propicia.


23) Está correta a articulação entre os tempos e os modos verbais na frase:

(A) Se o moralizador vier a respeitar o padrão moral que ele impusera, já não podia ser considerado um hipócrita.
(B) Os moralizadores sempre haveriam de desrespeitar os valores morais que eles imporão aos outros.
(C) A pior barbárie terá sido aquela em que o rigor dos hipócritas servisse de controle dos demais cidadãos.
(D) Desde que haja a imposição forçada de um padrão moral, caracterizava-se um ato típico do moralizador.
(E) Não é justo que os hipócritas sempre venham a impor padrões morais que eles próprios não respeitam.


24) Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:

(A) O moralizador está carregado de imperfeições de que ele não costuma acusar em si mesmo.
(B) Um homem moral empenha-se numa conduta cujo o padrão moral ele não costuma impingir na dos outros.
(C) Os pecados aos quais insiste reincidir o moralizador são os mesmos em que ele acusa seus semelhantes.
(D) Respeitar um padrão moral das ações é uma qualidade da qual não abrem mão os homens a quem não se pode acusar de hipócritas.
(E) Quando um moralizador julga os outros segundo um padrão moral de cujo ele próprio não respeita, demonstra toda a hipocrisia em que é capaz.


Gabarito

01-E; 02-D; 03-A; 04-C; 05-B; 06-D; 07-E; 08-B; 09-A; 10-C; 11-E; 12-B; 13-A; 14-C; 15-D; 16-E 17-B; 18-A; 19-C; 20-D; 21-B; 22-A; 23-E; 24-D

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